jueves, 31 de enero de 2013
lunes, 3 de diciembre de 2012
CARTA DE COBIJA (EM PORTUGUES)
CARTA DE COBIJA
Somos o povo de todos os povos. Somos os homens da selva e as mulheres da chuva, somos a Pan-Amazônia, o coração do planeta.
Em nossas terras e rios se desenvolvem uma
batalha decisiva para os destinos da Humanidade. De um lado, as corporações
transnacionais, o agronegócio e as grandes empresas de mineração que promovem a
destruição de nossas florestas e nossas águas em nome de um progresso que
beneficia tão somente os donos do capital. De outro, estamos nós, indígenas,
camponeses e camponesas, quilombolas, trabalhadores e trabalhadoras dos campos,
da mata e das cidades, lutando por nossos territórios, pelos direitos da Mãe-Terra,
por nossas culturas, por nossos direitos de viver bem, em harmonia com a natureza.
O preço da destruição sistemática da natureza é
uma crise ambiental sem precedentes, cujos primeiros sinais estão no
derretimento das geleiras dos Andes, a diminuição dos níveis e contaminação dos
rios, riachos e igarapés, as secas e enchentes na Amazônia causadas pela
mineração descontrolada, pela exploração petroleira na selva e pelo
agronegócio. Tal situação é agravada
pelos mega-projetos, como a construção de hidrelétricas de grande envergadura nos
rios amazônicos, a privatização das florestas e grandes obras de infraestrutura
que são desenvolvidas sem consulta aos povos que há séculos vivem nestas
regiões.
Reafirmamos mais uma vez que para deter este
ciclo de morte é necessário defender nossos territórios, exigindo o imediato
reconhecimento e homologação das terras indígenas, titulação coletiva das
terras quilombolas e comunidades tradicionais, bem como o pleno direito de
consulta livre, bem informada e consentimento prévio para projetos com impacto
social e ambiental. Defendemos consultas realmente democráticas e com efeito
vinculante para evitar fraudes e falsas consultas, como ocorridas no passado
recente com os indígenas brasileiros, durante a construção das hidrelétricas de
Santo Antonio, Jirau e Belo Monte.
A Mãe-Terra não é um produto, não pode ser
vendida nem mercantilizada. Por isso rechaçamos o capitalismo verde que só
agrava a crise social e ambiental, seguindo a mesma lógica de busca desenfreada
pelo crescimento econômico, concentração da riqueza e do poder, bem como
apropriação dos bens comuns. A chamada economia verde quer fazer da crise
climática um grande negócio, deixando intocado o modo de produção, que
associado ao patriarcado e ao racismo, esta levando o planeta e sua população ao
esgotamento e a degradação. Somos contra o pagamento por serviços ambientais, a
mercantilização e financeirização da natureza, também denunciamos a
flexibilização das leis ambientais com objetivo de favorecer as grandes
empresas.
Defendemos e construímos a aliança entre os
povos da floresta, dos campos e das cidades. Fazem parte do nosso patrimônio
comum a luta dos camponeses e camponesas pela terra, os direitos dos pequenos
agricultores e das pequenas agricultoras, assistência técnica, crédito barato e
simplificado, e as justas demandas por saúde, educação, transporte e moradia
digna para todos.
Lutamos por uma sociedade sem exclusão, com
liberdade, justiça e soberania popular. Combatemos no dia a dia todas as formas
de exploração e discriminação baseadas em gênero, etnia, identidade sexual e
classe social. Particularmente, nos esforçaremos para superar a invisibilidade
da população afrodescendente em suas lutas e propostas sobre poder, autonomia e
território.
Ao mesmo tempo que avança a ofensiva do grande
capital sobre a Amazônia, também se multiplicam os esforços da resistência dos
povos. A nível mundial, a Cúpula dos Povos, realizada no Rio de Janeiro, em
junho/julho de 2012, representou um extraordinário avanço na unidade de todos
que sonham e lutam por um outro mundo. No território Amazônico surgiram as
alianças dos rios, unindo diversos povos na luta contra as hidrelétricas,
também tomaram impulso os movimentos contra a exploração mineral em terras
indígenas e contra a construção de obras de infraestrutura sem o necessário
consentimento prévio. Nos Andes ganha impulso o combate contra os danos
provocados pela mineração a céu aberto.
Faz parte da nossa luta contra o modelo
colonial de exploração, exigir medidas que protejam as comunidades tradicionais
da biopirataria, preservem valorizem e desenvolvam seus saberes e conhecimentos
ancestrais. Da mesma maneira, lutamos pela construção de cidades justas,
democráticas e sustentáveis, adequadas às diferentes realidades de cada região,
contemplando a diversidade dos atores sociais que vivem nessas cidades. Pelos
mesmos motivos também defendemos a soberania alimentar, a economia familiar, o
extrativismo comunitário e a agroecologia. Destacamos a importância estratégica
da luta pela democratização dos meios de comunicação, inseparável da prática da
liberdade de expressão, que é vital para estabelecermos os diálogos entre os
distintos povos da Amazônia e do mundo.
Neste sentido, afirmamos nosso apoio a Carta da
Terra e a Declaração de Cochabamba. Suas palavras continuarão guiando nossos
passos.
Na Pan-Amazônia, como em toda a América Latina,
enfrentamos o militarismo que atua como mediador entre o colonialismo e o
imperialismo. Condenamos as tentativas de criminalização dos movimentos
sociais, da pobreza e dos povos indígenas. Repudiamos o colonialismo francês na
Guiana e apoiamos os esforços dos seus povos para alcançarem a independência.
Saudamos o começo das negociações de paz na Colômbia e esperamos que seus
resultados sejam uma paz com igualdade e justiça social. Da mesma maneira,
protestamos contra as barragens que tentam impedir a livre circulação entre os
povos de nossos países, defendemos os direitos dos migrantes e de todos aqueles
que buscam outras terras para tentar uma vida livre e digna. Queremos um mundo
sem fronteiras. Um mundo onde o estado garanta a proteção dos patrimônios
sociais e naturais. Um mundo onde caibam todos os mundos.
Neste VI Fórum Social Pan-Amazônico queremos
especialmente saudar a resistência Palestina – nossos irmão e irmãs do deserto
– e dizer que seguiremos com nosso apoio a sua luta por uma pátria livre e
independente. Também homenageamos nossos irmão e irmãs mártires que derramaram
seu sangue nos massacres de Bagua e Pando, e a todos os indígenas atingidos
pela violência dos exploradores.
Aqui em Cobija, terra amazônica da Bolívia,
tríplice fronteira entre Peru, Brasil e Bolívia, sob a proteção da seringa e da
castanha, símbolos da Amazônia boliviana, lançamos nosso chamado: pela unidade
dos povos amazônicos para transformar o mundo.
Cobija, 01 de dezembro
de 2012
VI Fórum Social
Pan-Amazônico
domingo, 2 de diciembre de 2012
CARTA DE COBIJA A LOS PUEBLOS DEL MUNDO
CARTA DE COBIJA
Somos el pueblo de todos los pueblos. Somos los hombres de la selva y las mujeres de la lluvia, somos la Panamazonía, el corazón del planeta.
En nuestras
tierras y ríos se desarrolla una batalla decisiva para los destinos de la
Humanidad. De un lado las corporaciones transnacionales, agronegocio y la gran minería promueven la destruición de
nuestras florestas y nuestras aguas en nombre de un progreso que beneficia tan
solamente los dueños del capital. De otro, estamos nosotros, indígenas,
campesinos y campesinas, quilombolas, trabajadores y trabajadoras de los
campos, de la mata y de las ciudades luchando por nuestros territorios, por los
derechos de la Madre-Tierra, por nuestras culturas, por nuestros derechos de
vivir bien, en harmonía con la naturaleza.
El precio de
la destruición sistemática de la naturaleza es una crisis ambiental sin
precedentes, cuyos primeros señales están en el derretimiento de los glaciares
andinos, la diminución del caudal de los ríos, la contaminación de los ríos,
riachuelos e igarapés, las secas y encientes en la Amazonía causados por la
minería descontrolada, la explotación petrolífera en la selva y el agronegocio.
Tal situación es agravada por los mega-proyectos, como la construcción de
represas de grande envergadura en los ríos amazónicos, la privatización de los
bosques y grandes obras de infraestructura que son desarrolladas sin consulta a
los pueblos que ha siglos viven en estas
regiones.
Reafirmamos
más una vez que para detener este ciclo de muerte es necesario defendernos
nuestros territorios exigiendo lo inmediato reconocimiento y homologación de
las tierras indígenas, titulación colectiva de las tierras quilombolas y comunidades
tradicionales, bien como el pleno derecho de consulta libre bien informada y
consentimiento previo para proyectos con impacto social y ambiental. Defendemos
consultas realmente democráticas y con efecto vinculante para evitar fraudes y falsas consultas como
ocurridas en pasado reciente con los indígenas brasileños durante la construcción de las presas de
Santo Antonio, Jirau y Belo Monte.
La Madre
Tierra no es un producto, no puede ser vendida ni mercantilizada. Por eso
rechazamos el capitalismo verde que solo agrava la crisis social y ambiental,
siguiendo la misma lógica de busca desenfrenada por lo crecimiento económico,
concentración de la riqueza y del poder, bien como la apropiación de los bienes
comunes. La llamada economía verde quiere hacer de la crisis climática un
grande negocio dejando intocado lo modo de producción que, asociado al
patriarcado y al racismo, está levando el planeta y su población al agotamiento
y la degradación. Somos contra el pago de los servicios ambientales, la mercantilización
y financerización de la naturaleza,
también denunciamos la flexibilización
de las leyes ambientales con objetivo de favorecer las grandes empresas.
Defendemos y
construimos la alianza entre los pueblos de la floresta, de los campos y de las
ciudades. Hacen parte de nuestro patrimonio común la lucha de los campesinos y
de las campesinas por la tierra, los derechos de los pequeños agricultores y de
las pequeñas agricultoras, asistencia técnica, crédito barato y simplificado, y
los justos reclamos por salud, educación, transporte y viviendas dignas para
todos.
Luchamos por
una sociedad sin exclusiones, con libertad, justicia y soberanía popular.
Combatimos en el cotidiano todas las formas de explotación y discriminación
basadas en genero, etnia, identidad sexual y clase social. Particularmente, nos esforzaremos para superar la
invisibilidad de la población afrodescendiente en sus luchas y propuestas sobre
poder, autonomía y territorio.
Al mismo tiempo que avanza la ofensiva del grande capital
sobre Amazonia también se multiplican los esfuerzos de la resistencia de los
pueblos. A nivel mundial, la Cumbre de los Pueblos, realizada en el Rio de
Janeiro, en junio/julio de 2012, representó un extraordinario avanzo en la
unidad de todos que sueñan y luchan por un otro mundo. En el territorio
amazónico surgió las alianzas de los ríos, uniendo diversos pueblos en la lucha
contra las presas, también tomó impulso los movimientos contra la explotación
mineral en tierras indígenas y contra la construcción de obras de
infraestructura sin lo necesario consentimiento previo. En los Andes gana
impulso el combate contra los daños provocados por la minería a cielo abierto.
Hace parte de nuestra lucha contra el modelo colonial de
explotación, exigir medidas que protejan las comunidades tradicionales de la
biopiratería, preserven, valoricen y desarrollan sus saberes y conocimientos ancestrales. De
la misma manera, luchamos por la construcción de ciudades justas, democráticas
y sostenibles, adecuadas a las diferentes realidades
de cada región, contemplando la diversidad de los atores sociales que viven en
esas ciudades. Por los mismos motivos también defendemos la soberanía
alimentar, la economía familiar, el extractivismo comunitario y la
agroecología. Destacamos la importancia estratégica de la lucha por la
democratización de los medios de comunicación, inseparable de la práctica de la
libertad de expresión, que es vital para establecernos los diálogos entre los
distintos pueblos de la Amazonía y del mundo.
En este
sentido, afirmamos nuestro apoyo a la Carta de La Tierra y la Declaración de
Cochabamba. Sus palabras continuarán guiando nuestros pasos.
En la
Panamazonía, como en toda a América Latina, enfrentamos el militarismo que actua
como mediador entre el colonialismo y el imperialismo. Condenamos los intentos
de criminalización de los movimientos
sociales, de la pobreza y de los pueblos indígenas. Repudiamos el colonialismo francés en la
Guyana y apoyamos los esfuerzos de
sus pueblos para alcanzaren la independencia. Saludamos
el comienzo de las negociaciones de paz en Colombia y esperamos que sus
resultados sean una paz con igualdad y la justicia social. De la misma manera,
protestamos contra las barreras que intentan impedir la libre circulación entre
los pueblos de nuestros países, defendemos los derechos de los migrantes y de
todos aquellos que buscan otras tierras
para tener una vida libre y digna. Queremos un mundo sin fronteras. Un mundo
donde el estado garantice la protección de los patrimonios sociales y
naturales. Un mundo donde contengan
todos los mundos.
En este VI Foro Social Panamazónico queremos especialmente saludar
la resistencia del pueblo palestino – nuestros Hermanos y nuestras Hermanas del
desierto – y decir que seguiremos con nuestro apoyo a su lucha por una patria
libre e independiente. También homenajeamos nuestros hermanos y hermanas
mártires que derramaran su sangre en los masacres de Bagua, Pando y a todos
indígenas atingidos por la violencia de los explotadores.
Acá en Cobija,
tierra amazónica de Bolivia, triple frontera entre Peru, Brasil y Bolivia, bajo
la protección de la seringa y la castaña, símbolos de la Amazonía Boliviana,
lanzamos nuestro llamado: Por la unidad de los pueblos amazónicos para
transformar el mundo.
Cobija, 01 de Diciembre de 2012
VI Foro Social Panamazónico
ASSEMBLEIA FESTIVA DE APROBACIÓN DEL LA CARTA DEL VI FSPA...
martes, 13 de noviembre de 2012
CONOSCA EL MARCO DE LA CULTURA EN EL FSM
TERMO
DE REFERENCIA DA CULTURA NO FSM
01. A Cultura movimenta a história,
irriga as florestas, carrega a memória e o destino, cria e transborda as
práticas de nossa Política. Ela é a subjetividade de nossa organização, nosso jeito
de reunir, planejar, tomar decisões, atuar, refletir, reconhecer, resistir e
transformar. Ela media a produção e reprodução da vida cotidiana, como nascemos,
alimentamos, brincamos, amamos, falamos, transamos, fazemos amor, trabalhamos, rimos,
dançamos, sonhamos, casamos, sofremos, organizamos, resistimos, educamos nossas
crianças e enterramos nossos mortos. É como entendemos a nós mesmos no mundo e
como vivemos esse entendimento. Se não a entendermos e fazermos nossa própria
cultura, podemos ser dominados e traídos sem percebermos, atuando contra nossos
próprios interesses. Urge então que o Fórum Social Mundial 2009 assuma a Cultura
como a forma das estratégias e ações da
sociedade civil organizada e dos movimentos sociais, para que os conteúdos e os
valores defendidos possam ser imaginados, representados e expressados independente
e criativamente, em nossas linguagens múltiplas, de manifestações diversas e inclusivas;
02. Esperamos aprofundar e ampliar os
consensos que organizam nossas lutas políticas por outros mundos possíveis pela
compreensão e integração da Cultura como dimensão prioritária nas políticas e
processos de transformação sócio-econômico-ambiental, coerente com a Carta de
Princípios do FSM. A Cultura deve ser vista como um espaço histórico de valorização
e reinvenção das formas e sentidos da vida a partir de uma ética e estética que
refletem os valores e o sentido das transformações que defendemos;
03. O Fórum Social Mundial deve ser um
espaço de articulação, encontro e conexão entre indivíduos, grupos e movimentos
culturais e sociais que tenham como metas encontrar formas criativas,
aprofundar e ampliar os caminhos de comunicação entre os vários setores das
sociedades e dos povos comprometidos com a transformação dos valores e das práticas
dominantes;
04. É fundamental que se crie no FSM, um
espaço de valorização da Cultura como uma expressão dos valores e dos
princípios que organizam as relações humanas e o mundo político, promovendo um
diálogo articulado e fértil entre as tradições e saberes dos povos, as expressões
e práticas artísticas e os discursos políticos estabelecendo novas formas de
comunicação;
05. O FSM deve desconstruir a lógica
mercantil da Cultura dominante e valorizar as Culturas dos povos e suas
expressões artísticas, na medida em que é nela que os valores e os direitos
humanos são visibilizados, os novos signos são produzidos e incorporados, atuando
como agentes efetivos de afirmação das identidades, da elevação da auto-estima
e, conseqüentemente, das transformações que permitam a experiência da emancipação
dos diversos sujeitos, da defesa da biodiversidade e da sustentabilidade da
vida do Planeta;
06. O FSM deve ser o espaço que
propicie o encontro entre as várias linguagens de reflexão e comunicação das práticas
e mensagens, na busca de outros mundos possíveis; e a possibilidade da
materialização de pedagogias que inovem e permitam a construção ou ampliação de
métodos, processos e ferramentas educativas por meio dessas múltiplas
linguagens articuladas;
07. A transversalidade da Cultura é
garantida fundamentalmente pela comunicação não apenas instrumental, mas
especialmente entre os comprometidos com a transformação social, já que a
imprensa e os meios dominantes são voltados para o mercado, limitando de forma
destrutiva o direito à informação;
08. Que a Cultura assuma uma
transversalidade em todas as iniciativas como busca de novas ferramentas
informativas, dialógicas, educativas e sensibilizadoras de comunicação,
essenciais para a expansão estratégica das mensagens que defendemos. É na
interface entre Cultura – Comunicação - Política que as estratégias e as ferramentas
transformadoras devem ser pensadas;
09. As manifestações culturais e
políticas dentro do FSM devem valorizar prioritariamente as vozes dos grupos
“subalternizados”, vozes daqueles e daquelas que geralmente estão invisíveis,
inaudíveis em decorrência da predominância dos valores definidos pelas classes
dominantes e pelo chamado “mercado”;
10. As iniciativas culturais e
artísticas deverão valorizar prioritariamente os temas Amazônicos, ambientais e
as questões urgentes relacionadas à mudança climática no Planeta;
11. A Cultura Amazônica no FSM deve ser
devidamente mostrada a partir dos verdadeiros signos que a tornam berço da
maior biodiversidade planetária. Não mais no campo do exótico, mas do
re-conhecimento e valorização de suas peculiaridades inerentes, capazes de
dialogar, se comunicar, acolher e promover uma síntese criativa entre Ocidente
e Oriente, Sul e Norte, por um outro mundo possível;
12. Neste sentido o GT de Cultura propõe
o desafio para o FSM de 2009: a construção de uma metodologia dialógica que
estimule a articulação das tradições dos povos e das atividades artísticas com
os seminários, palestras, depoimentos. Assim, esperamos que a apresentação dos
objetivos, dos temas e discussões, sejam momentos de vivências, reflexões e partilhas
criativas que se estendam para muito além do instante de realização do grande
encontro, capazes de provocar transformações pessoais cotidianas, para que
então alcancemos a tão sonhada coletividade humana mundial.
TERMO DE
REFERÊNCIA construído no Seminário do GT CULTURA, PREPARATÓRIO AO FSM 2009 – 28
e 29 de Agosto de 2008, em Belém.
Contribuições
na síntese: Iara Pietricovsky de Oliveira, Déa S Melo, Dan Baron.
PRINCIPIOS DEL FSM
Carta de Princípios do Fórum
Social Mundial
O Comitê de entidades brasileiras que idealizou e organizou o primeiro
Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre de 25 a 30 de janeiro de 2001,
considera necessário e legítimo, após avaliar os resultados desse Fórum e as
expectativas que criou, estabelecer uma Carta de Princípios que oriente a
continuidade dessa iniciativa. Os Princípios contidos na Carta, a ser
respeitada por todos que queiram participar desse processo e organizar novas
edições do Fórum Social Mundial, consolidam as decisões que presidiram a
realização do Fórum de Porto Alegre e asseguraram seu êxito, e ampliam seu
alcance, definindo orientações que decorrem da lógica dessas decisões.
1. O Fórum Social Mundial é um espaço aberto de encontro para o
aprofundamento da reflexão, o debate democrático de idéias, a formulação de
propostas, a troca livre de experiências e a articulação para ações eficazes,
de entidades e movimentos da sociedade civil que se opõem ao neoliberalismo e
ao domínio do mundo pelo capital e por qualquer forma de imperialismo, e estão
empenhadas na construção de uma sociedade planetária orientada a uma relação
fecunda entre os seres humanos e destes com a Terra.
2. O Fórum Social Mundial de Porto Alegre foi um evento localizado no
tempo e no espaço. A partir de agora, na certeza proclamada em Porto Alegre de
que "um outro mundo é possível", ele se torna um processo permanente
de busca e construção de alternativas, que não se reduz aos eventos em que se
apóie.
3. O Fórum Social Mundial é um processo de caráter mundial. Todos os
encontros que se realizem como parte desse processo têm dimensão internacional.
4. As alternativas propostas no Fórum Social Mundial contrapõem-se a um
processo de globalização comandado pelas grandes corporações multinacionais e
pelos governos e instituições internacionais a serviço de seus interesses, com
a cumplicidade de governos nacionais. Elas visam fazer prevalecer, como uma
nova etapa da história do mundo, uma globalização solidária que respeite os
direitos humanos universais, bem como os de todos os cidadãos e cidadãs em
todas as nações e o meio ambiente, apoiada em sistemas e instituições
internacionais democráticos a serviço da justiça social, da igualdade e da
soberania dos povos.
5. O Fórum Social Mundial reúne e articula somente entidades e
movimentos da sociedade civil de todos os países do mundo, mas não pretende ser
uma instância representativa da sociedade civil mundial.
6. Os encontros do Fórum Social Mundial não têm caráter deliberativo
enquanto Fórum Social Mundial. Ninguém estará, portanto autorizado a exprimir,
em nome do Fórum, em qualquer de suas edições, posições que pretenderiam ser de
todos os seus/suas participantes. Os participantes não devem ser chamados a
tomar decisões, por voto ou aclamação, enquanto conjunto de participantes do
Fórum, sobre declarações ou propostas de ação que os engajem a todos ou à sua
maioria e que se proponham a ser tomadas de posição do Fórum enquanto Fórum.
Ele não se constitui portanto em instancia de poder, a ser disputado pelos
participantes de seus encontros, nem pretende se constituir em única
alternativa de articulação e ação das entidades e movimentos que dele
participem.
7. Deve ser, no entanto, assegurada, a entidades ou conjuntos de entidades
que participem dos encontros do Fórum, a liberdade de deliberar, durante os
mesmos, sobre declarações e ações que decidam desenvolver, isoladamente ou de
forma articulada com outros participantes. O Fórum Social Mundial se compromete
a difundir amplamente essas decisões, pelos meios ao seu alcance, sem
direcionamentos, hierarquizações, censuras e restrições, mas como deliberações
das entidades ou conjuntos de entidades que as tenham assumido.
8. O Fórum Social Mundial é um espaço plural e diversificado, não
confessional, não governamental e não partidário, que articula de forma
descentralizada, em rede, entidades e movimentos engajados em ações concretas,
do nível local ao internacional, pela construção de um outro mundo.
9. O Fórum Social Mundial será sempre um espaço aberto ao pluralismo e à
diversidade de engajamentos e atuações das entidades e movimentos que dele
decidam participar, bem como à diversidade de gênero, etnias, culturas,
gerações e capacidades físicas, desde que respeitem esta Carta de Princípios.
Não deverão participar do Fórum representações partidárias nem organizações
militares. Poderão ser convidados a participar, em caráter pessoal, governantes
e parlamentares que assumam os compromissos desta Carta.
10. O Fórum Social Mundial se opõe a toda visão totalitária e
reducionista da economia, do desenvolvimento e da história e ao uso da
violência como meio de controle social pelo Estado. Propugna pelo respeito aos
Direitos Humanos, pela prática de uma democracia verdadeira, participativa, por
relações igualitárias, solidárias e pacíficas entre pessoas, etnias, gêneros e
povos, condenando todas as formas de dominação assim como a sujeição de um ser
humano pelo outro.
11. O Fórum Social Mundial, como espaço de debates, é um movimento de
idéias que estimula a reflexão, e a disseminação transparente dos resultados
dessa reflexão, sobre os mecanismos e instrumentos da dominação do capital,
sobre os meios e ações de resistência e superação dessa dominação, sobre as
alternativas propostas para resolver os problemas de exclusão e desigualdade
social que o processo de globalização capitalista, com suas dimensões racistas,
sexistas e destruidoras do meio ambiente está criando, internacionalmente e no
interior dos países.
12. O Fórum Social Mundial, como espaço de troca de experiências,
estimula o conhecimento e o reconhecimento mútuo das entidades e movimentos que
dele participam, valorizando seu intercâmbio, especialmente o que a sociedade
está construindo para centrar a atividade econômica e a ação política no
atendimento das necessidades do ser humano e no respeito à natureza, no
presente e para as futuras gerações.
13. O Fórum Social Mundial, como espaço de articulação, procura
fortalecer e criar novas articulações nacionais e internacionais entre
entidades e movimentos da sociedade, que aumentem, tanto na esfera da vida
pública como da vida privada, a capacidade de resistência social não violenta
ao processo de desumanização que o mundo está vivendo e à violência usada pelo
Estado, e reforcem as iniciativas humanizadoras em curso pela ação desses
movimentos e entidades.
14. O Fórum Social Mundial é um processo que estimula as entidades e
movimentos que dele participam a situar suas ações, do nível local ao nacional
e buscando uma participação ativa nas instâncias internacionais, como questões
de cidadania planetária, introduzindo na agenda global as práticas
transformadoras que estejam experimentando na construção de um mundo novo
solidário.
Aprovada e adotada em São Paulo,
em 9 de abril de 2001, pelas entidades que constituem o Comitê de Organização
do Fórum Social Mundial, aprovada com modificações pelo Conselho Internacional
do Fórum Social Mundial no dia 10 de junho de 2001.
ORIENTACIONES GENERALES E TAXA DE INSCRIPCION DEL VI FSPA
“Por la unidad
de los pueblos de la Amazonía para transformar el mundo”
BIENVENIDO(A) AL VI FSPA
ORIENTACIONES GENERALES PARA LA
INSCRIPCION
Al
realizar su inscripción al VI Foro Social Panamazónico (FSPA), usted declara
estar de acuerdo con la Carta de Principios del FSPA.
Lea
atentamente las orientaciones abajo, rellenando correctamente el formulario de
inscripción.
1.
Al acceder el blog del VI FSPA (www.vifspaamazonico.blogspot. com.br)
usted encontrará las fichas de inscripción disponibles para rellenar. Después de
rellenar las mismas, envíe para vifspaamazonico@gmail.com
2-
El pagamiento de la inscripción se realizará mediante ingreso bancario
IDENTIFICADO (nombre completo del participante u organización).
*Depósito
realizado en Bolivia: BANCO MERCANTIL SANTA CRUZ, Agencia Cobija, Cuenta
Corriente 401.076.702-7, en nombre de HERENCIA.
Tambien ay otra conta del Comite Local en el BANCO LOS ANDES Pro Credit, n. de cuenta: 05503010000015.
Tambien ay otra conta del Comite Local en el BANCO LOS ANDES Pro Credit, n. de cuenta: 05503010000015.
*Depósito
realizado en Brasil: BANCO ITAU, Agencia 1580, Cuenta Corriente 14.876-3, en
nombre de UNIPOP.
Observación:
Participantes de otros países que no
consiguieren realizar el depósito de la inscripción en ninguna de las cuentas arriba,
podrán, excepcionalmente, pagar su tasa de inscripción en el momento de su acreditación,
más, deben rellenar y enviar su ficha de inscripción con antecedencia.
3-
En seguida, usted debe enviar el comprobante escaneado e identificado (nombre
completo del participante u organización) para la coordinación del VI FSPA, al
e-mail: vifspaamazonico@gmail.com
ATENCIÓN: Guarde el comprobante de
pagamiento, pues éste será solicitado durante la acreditación.
4-
Su inscripción solamente será confirmada después de la comprobación del ingreso
bancario.
5-
Por favor, verifique si las informaciones presentadas están correctas. En caso de
alteración en alguna de las informaciones presentadas, comuníquese con la coordinación
del VI FSPA por el e-mail: vifspaamazonico@gmail.com
6. En el caso de las actividades autogestionadas, el pagamiento correspondiente solamente tendrá que realizarse después de
la confirmación de la aceptación de la actividad referida, mediante
correspondencia electrónica de la coordinación.
En el blog del FSPA (www.vifspaamazonico.blogspot. com.br) usted encontrará los
siguientes formularios:
- Formulario de inscripción de organizaciones sociales y ONGs;
-
Formulario de inscripción de actividad autogestionada;
-
Formulario de inscripción de medios de prensa libre;
-
Formulario de inscripción de prensa comercial y del estado;
-
Formulario de inscripción para los participantes individuales.
TAXA DE INSCRIPCION
Modalidad
|
Cuantidad
|
Valor individual
|
Valor R$
|
Organizaciones sociales Pan-Amazónicas y africanas
|
Cada componente inscrito
|
Bs10,00
|
3,00
|
Organizaciones sociales Pan-Amazónicas y africanas
con actividad autogestionada
|
Con derecho a 02 participantes inscritos
|
Bs200,00
(Independiente del tamaño de la sala)
|
60,00
|
ONG’s Pan-Amazónicas y africanas
|
Cada componente inscrito
|
Bs35,00
|
10,00
|
ONG’s Pan-Amazónicas y africanas con actividad autogestionada
|
Con derecho a 02 participantes inscritos
|
Bs700,00 (Sala con capacidad para hasta 80 lugares)
|
200,00
|
Con derecho a 03 participantes inscritos
|
Bs1.000,00 (Sala con capacidad para más de 80 lugares)
|
290,00
|
|
Inscripciones individuales Pan-Amazónicas
|
Cada participante
|
Bs50,00
|
15,00
|
Organizaciones sociales de otras partes del mundo
|
Cada componente inscrito
|
U$50
|
100,00
|
Organizaciones sociales de otras partes del mundo
con actividad autogestionada
|
Con derecho a 02 participantes inscritos
|
U$125
(independiente del tamaño de la sala)
|
250,00
|
ONG’s de otras partes del mundo
|
Cada componente inscrito
|
U$25
|
50,00
|
ONG’s de otras partes del mundo con actividad autogestionada
|
Con derecho a 02 participantes inscritos
|
U$200 (Sala con capacidad para hasta 80 lugares)
|
400,00
|
Con derecho a 03 participantes inscritos
|
U$350 (Sala con capacidad para más de 80 lugares)
|
700,00
|
|
Inscripciones individuales de otras partes del mundo
|
Cada participante
|
U$30
|
60,00
|
lunes, 12 de noviembre de 2012
ORIENTAÇÕES GERAIS E CONTA BANCÁRIA PARA DEPÓSITO DO VI FSPA
“Por la unidad
de los pueblos de la Amazonía para transformar el mundo”
BENVINDO(A) AO VI FSPA
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A INSCRIÇÃO
Ao
realizar sua inscrição no VI Fórum Social Pan-Amazônico (FSPA), você declara
estar de acordo com a Carta de Princípios do FSPA.
Leia atentamente as orientações abaixo, preenchendo corretamente as fichas de inscrição.
1.
Ao acessar o blog do VI FSPA (www.vifspaamazonico.blogspot. com.br)
você encontrará as fichas de inscrição disponíveis para preenchimento. Após
preenchê-las envie para vifspaamazonico@gmail.com
2.
O pagamento da inscrição se realizará mediante deposito bancário IDENTIFICADO
(nome completo do participante ou organização).
Depósito realizado na Bolívia: BANCO MERCANTIL SANTA CRUZ, Agencia Cobija, Conta Corrente 401.076.702-7,
em nome de HERENCIA.
Depósito realizado no Brasil: BANCO ITAU, Agencia 1580, Conta Corrente
14.876-3, em nome de UNIPOP.
Observação:
Participantes de outros países, que
não conseguirem realizar o depósito da inscrição em nenhuma das contas acima,
poderão, excepcionalmente, pagar sua taxa de inscrição no momento de seu
credenciamento, porém, devem preencher e enviar sua ficha de inscrição com
antecedência.
3.
Em seguida, você deve enviar o comprovante escaneado e identificado (nome
completo do participante ou organização) para a coordenação do VI FSPA, no e-mail:
vifspaamazonico@gmail.com ATENÇÃO: Guarde o comprovante de
pagamento, pois este será solicitado durante o credenciamento.
4.
Sua inscrição somente será confirmada depois da comprovação do pagamento da
taxa de inscrição.
5.
Por favor, verifique se as informações apresentadas estão corretas. Em caso de
alteração em alguma destas informações, comunique imediatamente à coordenação
do VI FSPA através do e-mail vifspaamazonico@gmail.com
6.
No caso das atividades autogestionadas, o
pagamento correspondente somente deverá se realizar depois que for confirmada a
aceitação da referida atividade, mediante correspondência eletrônica
enviada pela coordenação do VI FSPA.
No blog do VI FSPA você encontrará as seguintes fichas
de inscrição:
- Fichas de inscrição de organizações sociais e ONGs
- Fichas de inscrição de atividades autogestionadas
- Fichas de inscrição de meios de comunicação livre
- Fichas de inscrição de imprensa comercial e estatal
- Fichas de inscrição de participantes individuais
TAXA
DE INSCRIÇÃO
Modalidade
|
Quantidade
|
Valor individual
|
Valor R$
|
Organizações sociais Pan-Amazônicas e africanas
|
Cada componente
inscrito
|
Bs10,00
|
3,00
|
Organizações sociais Pan-Amazônicas e africanas
c/atividade
autogestionada
|
Com direito a 02 participantes inscritos
|
Bs200,00
(independente do tamanho da sala)
|
60,00
|
ONGs Pan-Amazônicas e africanas
|
Cada componente
inscrito
|
Bs35,00
|
10,00
|
ONGs Pan-Amazônicas e africanas c/ atividade autogestionada
|
Com direito a 02 participantes inscritos
|
Bs700,00 (Sala com capacidade para até 80 lugares)
|
200,00
|
Com direito a 03 participantes inscritos
|
Bs1.000,00 (Sala com capacidade para mais de 80 lugares)
|
290,00
|
|
Inscrições
individuais Pan-Amazônicas
|
Cada participante
|
Bs50,00
|
15,00
|
Organizações sociais de outras partes do mundo
|
Cada componente
inscrito
|
U$50
|
100,00
|
Organizações sociais de outras partes do mundo
c/atividade
autogestionada
|
Com direito a 02 participantes inscritos
|
U$125
(independente do tamanho da sala)
|
250,00
|
ONGs de outras partes do mundo
|
Cada componente
inscrito
|
U$25
|
50,00
|
ONGs de outras partes do mundo c/ atividade autogestionada
|
Com direito a 02 participantes inscritos
|
U$200 (Sala com capacidade para até 80 lugares)
|
400,00
|
Com direito a 03 participantes inscritos
|
U$350 (Sala com capacidade para mais de 80 lugares)
|
700,00
|
|
Inscrições individuais de outras partes do mundo
|
Cada participante
|
U$30
|
60,00
|
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