lunes, 3 de diciembre de 2012

CARTA DE COBIJA (EM PORTUGUES)



CARTA DE COBIJA


Somos o povo de todos os povos. Somos os homens da selva e as mulheres da chuva, somos a Pan-Amazônia, o coração do planeta.


Em nossas terras e rios se desenvolvem uma batalha decisiva para os destinos da Humanidade. De um lado, as corporações transnacionais, o agronegócio e as grandes empresas de mineração que promovem a destruição de nossas florestas e nossas águas em nome de um progresso que beneficia tão somente os donos do capital. De outro, estamos nós, indígenas, camponeses e camponesas, quilombolas, trabalhadores e trabalhadoras dos campos, da mata e das cidades, lutando por nossos territórios, pelos direitos da Mãe-Terra, por nossas culturas, por nossos direitos de viver bem, em harmonia com a natureza.


O preço da destruição sistemática da natureza é uma crise ambiental sem precedentes, cujos primeiros sinais estão no derretimento das geleiras dos Andes, a diminuição dos níveis e contaminação dos rios, riachos e igarapés, as secas e enchentes na Amazônia causadas pela mineração descontrolada, pela exploração petroleira na selva e pelo agronegócio.  Tal situação é agravada pelos mega-projetos, como a construção de hidrelétricas de grande envergadura nos rios amazônicos, a privatização das florestas e grandes obras de infraestrutura que são desenvolvidas sem consulta aos povos que há séculos vivem nestas regiões.


Reafirmamos mais uma vez que para deter este ciclo de morte é necessário defender nossos territórios, exigindo o imediato reconhecimento e homologação das terras indígenas, titulação coletiva das terras quilombolas e comunidades tradicionais, bem como o pleno direito de consulta livre, bem informada e consentimento prévio para projetos com impacto social e ambiental. Defendemos consultas realmente democráticas e com efeito vinculante para evitar fraudes e falsas consultas, como ocorridas no passado recente com os indígenas brasileiros, durante a construção das hidrelétricas de Santo Antonio, Jirau e Belo Monte.


A Mãe-Terra não é um produto, não pode ser vendida nem mercantilizada. Por isso rechaçamos o capitalismo verde que só agrava a crise social e ambiental, seguindo a mesma lógica de busca desenfreada pelo crescimento econômico, concentração da riqueza e do poder, bem como apropriação dos bens comuns. A chamada economia verde quer fazer da crise climática um grande negócio, deixando intocado o modo de produção, que associado ao patriarcado e ao racismo, esta levando o planeta e sua população ao esgotamento e a degradação. Somos contra o pagamento por serviços ambientais, a mercantilização e financeirização da natureza, também denunciamos a flexibilização das leis ambientais com objetivo de favorecer as grandes empresas.


Defendemos e construímos a aliança entre os povos da floresta, dos campos e das cidades. Fazem parte do nosso patrimônio comum a luta dos camponeses e camponesas pela terra, os direitos dos pequenos agricultores e das pequenas agricultoras, assistência técnica, crédito barato e simplificado, e as justas demandas por saúde, educação, transporte e moradia digna para todos.


Lutamos por uma sociedade sem exclusão, com liberdade, justiça e soberania popular. Combatemos no dia a dia todas as formas de exploração e discriminação baseadas em gênero, etnia, identidade sexual e classe social. Particularmente, nos esforçaremos para superar a invisibilidade da população afrodescendente em suas lutas e propostas sobre poder, autonomia e território.


Ao mesmo tempo que avança a ofensiva do grande capital sobre a Amazônia, também se multiplicam os esforços da resistência dos povos. A nível mundial, a Cúpula dos Povos, realizada no Rio de Janeiro, em junho/julho de 2012, representou um extraordinário avanço na unidade de todos que sonham e lutam por um outro mundo. No território Amazônico surgiram as alianças dos rios, unindo diversos povos na luta contra as hidrelétricas, também tomaram impulso os movimentos contra a exploração mineral em terras indígenas e contra a construção de obras de infraestrutura sem o necessário consentimento prévio. Nos Andes ganha impulso o combate contra os danos provocados pela mineração a céu aberto.


Faz parte da nossa luta contra o modelo colonial de exploração, exigir medidas que protejam as comunidades tradicionais da biopirataria, preservem valorizem e desenvolvam seus saberes e conhecimentos ancestrais. Da mesma maneira, lutamos pela construção de cidades justas, democráticas e sustentáveis, adequadas às diferentes realidades de cada região, contemplando a diversidade dos atores sociais que vivem nessas cidades. Pelos mesmos motivos também defendemos a soberania alimentar, a economia familiar, o extrativismo comunitário e a agroecologia. Destacamos a importância estratégica da luta pela democratização dos meios de comunicação, inseparável da prática da liberdade de expressão, que é vital para estabelecermos os diálogos entre os distintos povos da Amazônia e do mundo.


Neste sentido, afirmamos nosso apoio a Carta da Terra e a Declaração de Cochabamba. Suas palavras continuarão guiando nossos passos.


Na Pan-Amazônia, como em toda a América Latina, enfrentamos o militarismo que atua como mediador entre o colonialismo e o imperialismo. Condenamos as tentativas de criminalização dos movimentos sociais, da pobreza e dos povos indígenas. Repudiamos o colonialismo francês na Guiana e apoiamos os esforços dos seus povos para alcançarem a independência. Saudamos o começo das negociações de paz na Colômbia e esperamos que seus resultados sejam uma paz com igualdade e justiça social. Da mesma maneira, protestamos contra as barragens que tentam impedir a livre circulação entre os povos de nossos países, defendemos os direitos dos migrantes e de todos aqueles que buscam outras terras para tentar uma vida livre e digna. Queremos um mundo sem fronteiras. Um mundo onde o estado garanta a proteção dos patrimônios sociais e naturais. Um mundo onde caibam todos os mundos.


Neste VI Fórum Social Pan-Amazônico queremos especialmente saudar a resistência Palestina – nossos irmão e irmãs do deserto – e dizer que seguiremos com nosso apoio a sua luta por uma pátria livre e independente. Também homenageamos nossos irmão e irmãs mártires que derramaram seu sangue nos massacres de Bagua e Pando, e a todos os indígenas atingidos pela violência dos exploradores.


Aqui em Cobija, terra amazônica da Bolívia, tríplice fronteira entre Peru, Brasil e Bolívia, sob a proteção da seringa e da castanha, símbolos da Amazônia boliviana, lançamos nosso chamado: pela unidade dos povos amazônicos para transformar o mundo.




Cobija, 01 de dezembro de 2012


VI Fórum Social Pan-Amazônico

domingo, 2 de diciembre de 2012

CARTA DE COBIJA A LOS PUEBLOS DEL MUNDO


CARTA DE COBIJA

Somos el pueblo de todos los pueblos. Somos los hombres de la selva y las mujeres de la lluvia, somos la Panamazonía, el corazón del planeta.

En nuestras tierras y ríos se desarrolla una batalla decisiva para los destinos de la Humanidad. De un lado las corporaciones transnacionales, agronegocio  y la gran minería promueven la destruición de nuestras florestas y nuestras aguas en nombre de un progreso que beneficia tan solamente los dueños del capital. De otro, estamos nosotros, indígenas, campesinos y campesinas, quilombolas, trabajadores y trabajadoras de los campos, de la mata y de las ciudades luchando por nuestros territorios, por los derechos de la Madre-Tierra, por nuestras culturas, por nuestros derechos de vivir bien, en harmonía con la naturaleza.

El precio de la destruición sistemática de la naturaleza es una crisis ambiental sin precedentes, cuyos primeros señales están en el derretimiento de los glaciares andinos, la diminución del caudal de los ríos, la contaminación de los ríos, riachuelos e igarapés, las secas y encientes en la Amazonía causados por la minería descontrolada, la explotación petrolífera en la selva y el agronegocio. Tal situación es agravada por los mega-proyectos, como la construcción de represas de grande envergadura en los ríos amazónicos, la privatización de los bosques y grandes obras de infraestructura que son desarrolladas sin consulta a los pueblos  que ha siglos viven en estas regiones.

Reafirmamos más una vez que para detener este ciclo de muerte es necesario defendernos nuestros territorios exigiendo lo inmediato reconocimiento y homologación de las tierras indígenas, titulación colectiva de las tierras quilombolas y comunidades tradicionales, bien como el pleno derecho de consulta libre bien informada y consentimiento previo para proyectos con impacto social y ambiental. Defendemos consultas realmente democráticas y con efecto vinculante  para evitar fraudes y falsas consultas como ocurridas en pasado reciente con los indígenas brasileños  durante la construcción de las presas de Santo Antonio, Jirau y Belo Monte.

La Madre Tierra no es un producto, no puede ser vendida ni mercantilizada. Por eso rechazamos el capitalismo verde que solo agrava la crisis social y ambiental, siguiendo la misma lógica de busca desenfrenada por lo crecimiento económico, concentración de la riqueza y del poder, bien como la apropiación de los bienes comunes. La llamada economía verde quiere hacer de la crisis climática un grande negocio dejando intocado lo modo de producción que, asociado al patriarcado y al racismo, está levando el planeta y su población al agotamiento y la degradación. Somos contra el pago de los servicios ambientales, la mercantilización y financerización de la naturaleza,  también denunciamos la flexibilización  de las leyes ambientales con objetivo de favorecer las grandes empresas.

Defendemos y construimos la alianza entre los pueblos de la floresta, de los campos y de las ciudades. Hacen parte de nuestro patrimonio común la lucha de los campesinos y de las campesinas por la tierra, los derechos de los pequeños agricultores y de las pequeñas agricultoras, asistencia técnica, crédito barato y simplificado, y los justos reclamos por salud, educación, transporte y viviendas dignas para todos.

Luchamos por una sociedad sin exclusiones, con libertad, justicia y soberanía popular. Combatimos en el cotidiano todas las formas de explotación y discriminación basadas en genero, etnia, identidad sexual y clase social. Particularmente, nos esforzaremos para superar la invisibilidad de la población afrodescendiente en sus luchas y propuestas sobre poder, autonomía y territorio.

Al mismo tiempo que avanza la ofensiva del grande capital sobre Amazonia también se multiplican los esfuerzos de la resistencia de los pueblos. A nivel mundial, la Cumbre de los Pueblos, realizada en el Rio de Janeiro, en junio/julio de 2012, representó un extraordinario avanzo en la unidad de todos que sueñan y luchan por un otro mundo. En el territorio amazónico surgió las alianzas de los ríos, uniendo diversos pueblos en la lucha contra las presas, también tomó impulso los movimientos contra la explotación mineral en tierras indígenas y contra la construcción de obras de infraestructura sin lo necesario consentimiento previo. En los Andes gana impulso el combate contra los daños provocados por la minería a cielo abierto.

Hace parte de nuestra lucha contra el modelo colonial de explotación, exigir medidas que protejan las comunidades tradicionales de la biopiratería, preserven, valoricen y desarrollan  sus saberes y conocimientos ancestrales. De la misma manera, luchamos por la construcción de ciudades justas, democráticas y sostenibles, adecuadas a las diferentes realidades de cada región, contemplando la diversidad de los atores sociales que viven en esas ciudades. Por los mismos motivos también defendemos la soberanía alimentar, la economía familiar, el extractivismo comunitario y la agroecología. Destacamos la importancia estratégica de la lucha por la democratización de los medios de comunicación, inseparable de la práctica de la libertad de expresión, que es vital para establecernos los diálogos entre los distintos pueblos de la Amazonía y del mundo.

En este sentido, afirmamos nuestro apoyo a la Carta de La Tierra y la Declaración de Cochabamba. Sus palabras continuarán guiando nuestros pasos.

En la Panamazonía, como en toda a América Latina, enfrentamos el militarismo que actua como mediador entre el colonialismo y el imperialismo. Condenamos los intentos de  criminalización de los movimientos sociales, de la pobreza y de los pueblos indígenas.  Repudiamos el colonialismo francés en la Guyana y apoyamos los esfuerzos  de sus  pueblos  para alcanzaren la independencia. Saludamos el comienzo de las negociaciones de paz en Colombia y esperamos que sus resultados sean una paz con igualdad y la justicia social. De la misma manera, protestamos contra las barreras que intentan impedir la libre circulación entre los pueblos de nuestros países, defendemos los derechos de los migrantes y de todos aquellos  que buscan otras tierras para tener una vida libre y digna. Queremos un mundo sin fronteras. Un mundo donde el estado garantice la protección de los patrimonios sociales y naturales.  Un mundo donde contengan todos los mundos.

En este VI Foro Social Panamazónico queremos especialmente saludar la resistencia del pueblo palestino – nuestros Hermanos y nuestras Hermanas del desierto – y decir que seguiremos con nuestro apoyo a su lucha por una patria libre e independiente. También homenajeamos nuestros hermanos y hermanas mártires que derramaran su sangre en los masacres de Bagua, Pando y a todos indígenas atingidos por la violencia de los explotadores.

Acá en Cobija, tierra amazónica de Bolivia, triple frontera entre Peru, Brasil y Bolivia, bajo la protección de la seringa y la castaña, símbolos de la Amazonía Boliviana, lanzamos nuestro llamado: Por la unidad de los pueblos amazónicos para transformar el mundo.


Cobija, 01 de Diciembre de 2012

VI Foro Social Panamazónico



ASSEMBLEIA FESTIVA DE APROBACIÓN DEL LA CARTA DEL VI FSPA...


martes, 13 de noviembre de 2012

CONOSCA EL MARCO DE LA CULTURA EN EL FSM


TERMO DE REFERENCIA DA CULTURA NO FSM

01. A Cultura movimenta a história, irriga as florestas, carrega a memória e o destino, cria e transborda as práticas de nossa Política. Ela é a subjetividade de nossa organização, nosso jeito de reunir, planejar, tomar decisões, atuar, refletir, reconhecer, resistir e transformar. Ela media a produção e reprodução da vida cotidiana, como nascemos, alimentamos, brincamos, amamos, falamos, transamos, fazemos amor, trabalhamos, rimos, dançamos, sonhamos, casamos, sofremos, organizamos, resistimos, educamos nossas crianças e enterramos nossos mortos. É como entendemos a nós mesmos no mundo e como vivemos esse entendimento. Se não a entendermos e fazermos nossa própria cultura, podemos ser dominados e traídos sem percebermos, atuando contra nossos próprios interesses. Urge então que o Fórum Social Mundial 2009 assuma a Cultura como a forma das estratégias e ações da sociedade civil organizada e dos movimentos sociais, para que os conteúdos e os valores defendidos possam ser imaginados, representados e expressados independente e criativamente, em nossas linguagens múltiplas, de manifestações diversas e inclusivas;

02. Esperamos aprofundar e ampliar os consensos que organizam nossas lutas políticas por outros mundos possíveis pela compreensão e integração da Cultura como dimensão prioritária nas políticas e processos de transformação sócio-econômico-ambiental, coerente com a Carta de Princípios do FSM. A Cultura deve ser vista como um espaço histórico de valorização e reinvenção das formas e sentidos da vida a partir de uma ética e estética que refletem os valores e o sentido das transformações que defendemos;

03. O Fórum Social Mundial deve ser um espaço de articulação, encontro e conexão entre indivíduos, grupos e movimentos culturais e sociais que tenham como metas encontrar formas criativas, aprofundar e ampliar os caminhos de comunicação entre os vários setores das sociedades e dos povos comprometidos com a transformação dos valores e das práticas dominantes;

04. É fundamental que se crie no FSM, um espaço de valorização da Cultura como uma expressão dos valores e dos princípios que organizam as relações humanas e o mundo político, promovendo um diálogo articulado e fértil entre as tradições e saberes dos povos, as expressões e práticas artísticas e os discursos políticos estabelecendo novas formas de comunicação;

05. O FSM deve desconstruir a lógica mercantil da Cultura dominante e valorizar as Culturas dos povos e suas expressões artísticas, na medida em que é nela que os valores e os direitos humanos são visibilizados, os novos signos são produzidos e incorporados, atuando como agentes efetivos de afirmação das identidades, da elevação da auto-estima e, conseqüentemente, das transformações que permitam a experiência da emancipação dos diversos sujeitos, da defesa da biodiversidade e da sustentabilidade da vida do Planeta;

06. O FSM deve ser o espaço que propicie o encontro entre as várias linguagens de reflexão e comunicação das práticas e mensagens, na busca de outros mundos possíveis; e a possibilidade da materialização de pedagogias que inovem e permitam a construção ou ampliação de métodos, processos e ferramentas educativas por meio dessas múltiplas linguagens articuladas;

07. A transversalidade da Cultura é garantida fundamentalmente pela comunicação não apenas instrumental, mas especialmente entre os comprometidos com a transformação social, já que a imprensa e os meios dominantes são voltados para o mercado, limitando de forma destrutiva o direito à informação;

08. Que a Cultura assuma uma transversalidade em todas as iniciativas como busca de novas ferramentas informativas, dialógicas, educativas e sensibilizadoras de comunicação, essenciais para a expansão estratégica das mensagens que defendemos. É na interface entre Cultura – Comunicação - Política que as estratégias e as ferramentas transformadoras devem ser pensadas;

09. As manifestações culturais e políticas dentro do FSM devem valorizar prioritariamente as vozes dos grupos “subalternizados”, vozes daqueles e daquelas que geralmente estão invisíveis, inaudíveis em decorrência da predominância dos valores definidos pelas classes dominantes e pelo chamado “mercado”;

10. As iniciativas culturais e artísticas deverão valorizar prioritariamente os temas Amazônicos, ambientais e as questões urgentes relacionadas à mudança climática no Planeta;

11. A Cultura Amazônica no FSM deve ser devidamente mostrada a partir dos verdadeiros signos que a tornam berço da maior biodiversidade planetária. Não mais no campo do exótico, mas do re-conhecimento e valorização de suas peculiaridades inerentes, capazes de dialogar, se comunicar, acolher e promover uma síntese criativa entre Ocidente e Oriente, Sul e Norte, por um outro mundo possível;

12. Neste sentido o GT de Cultura propõe o desafio para o FSM de 2009: a construção de uma metodologia dialógica que estimule a articulação das tradições dos povos e das atividades artísticas com os seminários, palestras, depoimentos. Assim, esperamos que a apresentação dos objetivos, dos temas e discussões, sejam momentos de vivências, reflexões e partilhas criativas que se estendam para muito além do instante de realização do grande encontro, capazes de provocar transformações pessoais cotidianas, para que então alcancemos a tão sonhada coletividade humana mundial.

TERMO DE REFERÊNCIA construído no Seminário do GT CULTURA, PREPARATÓRIO AO FSM 2009 – 28 e 29 de Agosto de 2008, em Belém.

Contribuições na síntese: Iara Pietricovsky de Oliveira, Déa S Melo, Dan Baron.

PRINCIPIOS DEL FSM

Carta de Princípios do Fórum Social Mundial
 

O Comitê de entidades brasileiras que idealizou e organizou o primeiro Fórum Social Mundial, realizado em Porto Alegre de 25 a 30 de janeiro de 2001, considera necessário e legítimo, após avaliar os resultados desse Fórum e as expectativas que criou, estabelecer uma Carta de Princípios que oriente a continuidade dessa iniciativa. Os Princípios contidos na Carta, a ser respeitada por todos que queiram participar desse processo e organizar novas edições do Fórum Social Mundial, consolidam as decisões que presidiram a realização do Fórum de Porto Alegre e asseguraram seu êxito, e ampliam seu alcance, definindo orientações que decorrem da lógica dessas decisões.

1. O Fórum Social Mundial é um espaço aberto de encontro para o aprofundamento da reflexão, o debate democrático de idéias, a formulação de propostas, a troca livre de experiências e a articulação para ações eficazes, de entidades e movimentos da sociedade civil que se opõem ao neoliberalismo e ao domínio do mundo pelo capital e por qualquer forma de imperialismo, e estão empenhadas na construção de uma sociedade planetária orientada a uma relação fecunda entre os seres humanos e destes com a Terra.

2. O Fórum Social Mundial de Porto Alegre foi um evento localizado no tempo e no espaço. A partir de agora, na certeza proclamada em Porto Alegre de que "um outro mundo é possível", ele se torna um processo permanente de busca e construção de alternativas, que não se reduz aos eventos em que se apóie.

3. O Fórum Social Mundial é um processo de caráter mundial. Todos os encontros que se realizem como parte desse processo têm dimensão internacional.

4. As alternativas propostas no Fórum Social Mundial contrapõem-se a um processo de globalização comandado pelas grandes corporações multinacionais e pelos governos e instituições internacionais a serviço de seus interesses, com a cumplicidade de governos nacionais. Elas visam fazer prevalecer, como uma nova etapa da história do mundo, uma globalização solidária que respeite os direitos humanos universais, bem como os de todos os cidadãos e cidadãs em todas as nações e o meio ambiente, apoiada em sistemas e instituições internacionais democráticos a serviço da justiça social, da igualdade e da soberania dos povos.

5. O Fórum Social Mundial reúne e articula somente entidades e movimentos da sociedade civil de todos os países do mundo, mas não pretende ser uma instância representativa da sociedade civil mundial.

6. Os encontros do Fórum Social Mundial não têm caráter deliberativo enquanto Fórum Social Mundial. Ninguém estará, portanto autorizado a exprimir, em nome do Fórum, em qualquer de suas edições, posições que pretenderiam ser de todos os seus/suas participantes. Os participantes não devem ser chamados a tomar decisões, por voto ou aclamação, enquanto conjunto de participantes do Fórum, sobre declarações ou propostas de ação que os engajem a todos ou à sua maioria e que se proponham a ser tomadas de posição do Fórum enquanto Fórum. Ele não se constitui portanto em instancia de poder, a ser disputado pelos participantes de seus encontros, nem pretende se constituir em única alternativa de articulação e ação das entidades e movimentos que dele participem.

7. Deve ser, no entanto, assegurada, a entidades ou conjuntos de entidades que participem dos encontros do Fórum, a liberdade de deliberar, durante os mesmos, sobre declarações e ações que decidam desenvolver, isoladamente ou de forma articulada com outros participantes. O Fórum Social Mundial se compromete a difundir amplamente essas decisões, pelos meios ao seu alcance, sem direcionamentos, hierarquizações, censuras e restrições, mas como deliberações das entidades ou conjuntos de entidades que as tenham assumido.

8. O Fórum Social Mundial é um espaço plural e diversificado, não confessional, não governamental e não partidário, que articula de forma descentralizada, em rede, entidades e movimentos engajados em ações concretas, do nível local ao internacional, pela construção de um outro mundo.

9. O Fórum Social Mundial será sempre um espaço aberto ao pluralismo e à diversidade de engajamentos e atuações das entidades e movimentos que dele decidam participar, bem como à diversidade de gênero, etnias, culturas, gerações e capacidades físicas, desde que respeitem esta Carta de Princípios. Não deverão participar do Fórum representações partidárias nem organizações militares. Poderão ser convidados a participar, em caráter pessoal, governantes e parlamentares que assumam os compromissos desta Carta.

10. O Fórum Social Mundial se opõe a toda visão totalitária e reducionista da economia, do desenvolvimento e da história e ao uso da violência como meio de controle social pelo Estado. Propugna pelo respeito aos Direitos Humanos, pela prática de uma democracia verdadeira, participativa, por relações igualitárias, solidárias e pacíficas entre pessoas, etnias, gêneros e povos, condenando todas as formas de dominação assim como a sujeição de um ser humano pelo outro.

11. O Fórum Social Mundial, como espaço de debates, é um movimento de idéias que estimula a reflexão, e a disseminação transparente dos resultados dessa reflexão, sobre os mecanismos e instrumentos da dominação do capital, sobre os meios e ações de resistência e superação dessa dominação, sobre as alternativas propostas para resolver os problemas de exclusão e desigualdade social que o processo de globalização capitalista, com suas dimensões racistas, sexistas e destruidoras do meio ambiente está criando, internacionalmente e no interior dos países.

12. O Fórum Social Mundial, como espaço de troca de experiências, estimula o conhecimento e o reconhecimento mútuo das entidades e movimentos que dele participam, valorizando seu intercâmbio, especialmente o que a sociedade está construindo para centrar a atividade econômica e a ação política no atendimento das necessidades do ser humano e no respeito à natureza, no presente e para as futuras gerações.

13. O Fórum Social Mundial, como espaço de articulação, procura fortalecer e criar novas articulações nacionais e internacionais entre entidades e movimentos da sociedade, que aumentem, tanto na esfera da vida pública como da vida privada, a capacidade de resistência social não violenta ao processo de desumanização que o mundo está vivendo e à violência usada pelo Estado, e reforcem as iniciativas humanizadoras em curso pela ação desses movimentos e entidades.

14. O Fórum Social Mundial é um processo que estimula as entidades e movimentos que dele participam a situar suas ações, do nível local ao nacional e buscando uma participação ativa nas instâncias internacionais, como questões de cidadania planetária, introduzindo na agenda global as práticas transformadoras que estejam experimentando na construção de um mundo novo solidário.

Aprovada e adotada em São Paulo, em 9 de abril de 2001, pelas entidades que constituem o Comitê de Organização do Fórum Social Mundial, aprovada com modificações pelo Conselho Internacional do Fórum Social Mundial no dia 10 de junho de 2001.

ORIENTACIONES GENERALES E TAXA DE INSCRIPCION DEL VI FSPA

“Por la unidad de los pueblos de la Amazonía para transformar el mundo”

BIENVENIDO(A) AL VI FSPA

ORIENTACIONES GENERALES PARA LA INSCRIPCION


Al realizar su inscripción al VI Foro Social Panamazónico (FSPA), usted declara estar de acuerdo con la Carta de Principios del FSPA.

Lea atentamente las orientaciones abajo, rellenando correctamente el formulario de inscripción.

1. Al acceder el blog del VI FSPA (www.vifspaamazonico.blogspot.com.br) usted encontrará las fichas de inscripción disponibles para rellenar. Después de rellenar las mismas, envíe para vifspaamazonico@gmail.com

2- El pagamiento de la inscripción se realizará mediante ingreso bancario IDENTIFICADO (nombre completo del participante u organización).

*Depósito realizado en Bolivia: BANCO MERCANTIL SANTA CRUZ, Agencia Cobija, Cuenta Corriente 401.076.702-7, en nombre de HERENCIA.
Tambien ay otra conta del Comite Local en el BANCO LOS ANDES Pro Credit, n. de cuenta: 05503010000015.

*Depósito realizado en Brasil: BANCO ITAU, Agencia 1580, Cuenta Corriente 14.876-3, en nombre de UNIPOP.

Observación: Participantes de otros países que no consiguieren realizar el depósito de la inscripción en ninguna de las cuentas arriba, podrán, excepcionalmente, pagar su tasa de inscripción en el momento de su acreditación, más, deben rellenar y enviar su ficha de inscripción con antecedencia.


3- En seguida, usted debe enviar el comprobante escaneado e identificado (nombre completo del participante u organización) para la coordinación del VI FSPA, al e-mail: vifspaamazonico@gmail.com ATENCIÓN: Guarde el comprobante de pagamiento, pues éste será solicitado durante la acreditación.

4- Su inscripción solamente será confirmada después de la comprobación del ingreso bancario.


5- Por favor, verifique si las informaciones presentadas están correctas. En caso de alteración en alguna de las informaciones presentadas, comuníquese con la coordinación del VI FSPA por el e-mail: vifspaamazonico@gmail.com


6. En el caso de las actividades autogestionadas, el pagamiento correspondiente solamente tendrá que realizarse después de la confirmación de la aceptación de la actividad referida, mediante correspondencia electrónica de la coordinación.


En el blog del FSPA (www.vifspaamazonico.blogspot.com.br) usted encontrará los siguientes formularios:

- Formulario de inscripción de organizaciones sociales y ONGs;

- Formulario de inscripción de actividad autogestionada;

- Formulario de inscripción de medios de prensa libre;

- Formulario de inscripción de prensa comercial y del estado;

- Formulario de inscripción para los participantes individuales.

TAXA DE INSCRIPCION

Modalidad
Cuantidad
Valor individual
Valor R$
Organizaciones sociales Pan-Amazónicas y africanas
Cada componente inscrito
Bs10,00
3,00
Organizaciones sociales Pan-Amazónicas y africanas
con actividad autogestionada
Con derecho a 02 participantes inscritos
Bs200,00
(Independiente del tamaño de la sala)
60,00
ONG’s Pan-Amazónicas y africanas
Cada componente inscrito
Bs35,00
10,00
ONG’s Pan-Amazónicas y africanas con actividad autogestionada
Con derecho a 02 participantes inscritos
Bs700,00 (Sala con capacidad para hasta 80 lugares)
200,00
Con derecho a 03 participantes inscritos
Bs1.000,00 (Sala con capacidad para más de 80 lugares)
290,00
Inscripciones individuales Pan-Amazónicas
Cada participante
Bs50,00
15,00
Organizaciones sociales de otras partes del mundo
Cada componente inscrito
U$50
100,00
Organizaciones sociales de otras partes del mundo
con actividad autogestionada
Con derecho a 02 participantes inscritos
U$125
(independiente del tamaño de la sala)
250,00
ONG’s de otras partes del mundo
Cada componente inscrito
U$25
50,00
ONG’s de otras partes del mundo con actividad autogestionada
Con derecho a 02 participantes inscritos
U$200 (Sala con capacidad para hasta 80 lugares)
400,00
Con derecho a 03 participantes inscritos
U$350 (Sala con capacidad para más de 80 lugares)
700,00
Inscripciones individuales de otras partes del mundo
Cada participante
U$30
60,00

lunes, 12 de noviembre de 2012

ORIENTAÇÕES GERAIS E CONTA BANCÁRIA PARA DEPÓSITO DO VI FSPA


“Por la unidad de los pueblos de la Amazonía para transformar el mundo”




BENVINDO(A) AO VI FSPA
ORIENTAÇÕES GERAIS PARA A INSCRIÇÃO

Ao realizar sua inscrição no VI Fórum Social Pan-Amazônico (FSPA), você declara estar de acordo com a Carta de Princípios do FSPA.
 
Leia atentamente as orientações abaixo, preenchendo corretamente as fichas de inscrição.
 
1. Ao acessar o blog do VI FSPA (www.vifspaamazonico.blogspot.com.br) você encontrará as fichas de inscrição disponíveis para preenchimento. Após preenchê-las envie para vifspaamazonico@gmail.com


2. O pagamento da inscrição se realizará mediante deposito bancário IDENTIFICADO (nome completo do participante ou organização).

Depósito realizado na Bolívia: BANCO MERCANTIL SANTA CRUZ, Agencia Cobija, Conta Corrente 401.076.702-7, em nome de HERENCIA.

Depósito realizado no Brasil: BANCO ITAU, Agencia 1580, Conta Corrente 14.876-3, em nome de UNIPOP.

Observação: Participantes de outros países, que não conseguirem realizar o depósito da inscrição em nenhuma das contas acima, poderão, excepcionalmente, pagar sua taxa de inscrição no momento de seu credenciamento, porém, devem preencher e enviar sua ficha de inscrição com antecedência.
 

3. Em seguida, você deve enviar o comprovante escaneado e identificado (nome completo do participante ou organização) para a coordenação do VI FSPA, no e-mail: vifspaamazonico@gmail.com ATENÇÃO: Guarde o comprovante de pagamento, pois este será solicitado durante o credenciamento.

4. Sua inscrição somente será confirmada depois da comprovação do pagamento da taxa de inscrição.

5. Por favor, verifique se as informações apresentadas estão corretas. Em caso de alteração em alguma destas informações, comunique imediatamente à coordenação do VI FSPA através do e-mail vifspaamazonico@gmail.com
 

6. No caso das atividades autogestionadas, o pagamento correspondente somente deverá se realizar depois que for confirmada a aceitação da referida atividade, mediante correspondência eletrônica enviada pela coordenação do VI FSPA.

No blog do VI FSPA você encontrará as seguintes fichas de inscrição:

- Fichas de inscrição de organizações sociais e ONGs

- Fichas de inscrição de atividades autogestionadas

- Fichas de inscrição de meios de comunicação livre

- Fichas de inscrição de imprensa comercial e estatal

- Fichas de inscrição de participantes individuais

TAXA DE INSCRIÇÃO

Modalidade
Quantidade
Valor individual
Valor R$
Organizações sociais Pan-Amazônicas e africanas
Cada componente inscrito
Bs10,00
3,00
Organizações sociais Pan-Amazônicas e africanas
c/atividade autogestionada
Com direito a 02 participantes inscritos
Bs200,00
(independente do tamanho da sala)
60,00
ONGs Pan-Amazônicas e africanas
Cada componente inscrito
Bs35,00
10,00
ONGs Pan-Amazônicas e africanas c/ atividade autogestionada
Com direito a 02 participantes inscritos
Bs700,00 (Sala com capacidade para até 80 lugares)
200,00
Com direito a 03 participantes inscritos
Bs1.000,00 (Sala com capacidade para mais de 80 lugares)
290,00
Inscrições individuais Pan-Amazônicas
Cada participante
Bs50,00
15,00
Organizações sociais de outras partes do mundo
Cada componente inscrito
U$50
100,00
Organizações sociais de outras partes do mundo
c/atividade autogestionada
Com direito a 02 participantes inscritos
U$125
(independente do tamanho da sala)
250,00
ONGs de outras partes do mundo
Cada componente inscrito
U$25
50,00
ONGs de outras partes do mundo c/ atividade autogestionada
Com direito a 02 participantes inscritos
U$200 (Sala com capacidade para até 80 lugares)
400,00
Com direito a 03 participantes inscritos
U$350 (Sala com capacidade para mais de 80 lugares)
700,00
Inscrições individuais de outras partes do mundo
Cada participante
U$30
60,00